A Superintendência de Seguros Privados (Susep) abriu uma consulta pública sobre o “open insurance” com as normatizações e regulações relacionadas ao sistema de compartilhamento de dados da indústria de seguros. Um dos pilares do novo ambiente é sua integração com o “open banking”. A consulta pública se estende por 30 dias, de hoje (22) a 21 de maio. As informações são do Valor Econômico, em matéria publicada dia 22/04.
O cronograma criado prevê o início do funcionamento da primeira fase já em dezembro deste ano. “A fase 1 é similar à primeira etapa do open banking, com a disponibilização no sistema dos dados públicos”, explicou o diretor da Susep, Eduardo Fraga, ao Valor.
“Quando o ecossistema estiver completo teremos a criação de um ‘open finance’”, afirmou o diretor da Susep, Eduardo Fraga, ao Valor. “Será a ampliação do open banking e open insurance, integrando dados dos mercados bancário e de seguros, previdência privada aberta e capitalização”, disse o executivo.
Conforme o diretor da Susep, “informações como canais de atendimento das seguradoras, SAC, ouvidoria e produtos comercializados vão ficar armazenados no ecossistema”. Ainda de acordo com Fraga, “essa é a parte pública e qualquer indivíduo ou empresa poderá entrar no portal do open insurance e buscar dados como, por exemplo, saber quem oferta seguro auto no Rio.
A inclusão dos dados privados, ou seja, das informações pessoais que pertencem aos consumidores, estará contemplada em uma fase seguinte, com previsão de início em março de 2022, para a implementação de protocolos técnicos. Em termos operacionais, essa funcionalidade fica para o fim de maio do ano que vem. Já o prazo final para a implantação do ecossistema vai se estender até o início de 2023.
Ainda ao Valor, Fraga salientou que enxerga inúmeras vantagens na existência de um ambiente integrado de compartilhamento de informações, com consentimento dos clientes. “No futuro, podemos ter, por exemplo, um aplicativo que consolide toda a vida financeira de um indivíduo, reunindo contas de vários bancos, financiamentos, seguro e previdência. A pessoa poderá ter tudo agregado na palma da mão e acesso às informações organizadas, ou seja, a facilidade de gerir a própria vida financeira será enorme.”
A regulação será “totalmente centrada no consumidor”, afirmou. “Tudo o que é desenvolvido no ambiente é pensando em ser centrado no cliente, porque é ele quem vai permitir ou proibir o acesso aos dados”, considerou. “O consumidor vai também poder gerir os consentimentos, ou seja, se não quiser mais que uma empresa acesse as informações, pode revogar”.
Fonte: CQCS